terça-feira, 13 de setembro de 2011

Um trecho de Divã...


Somos todos virgens, Lopes. Virgens antes do primeiro beijo, antes do primeiro dia em que andamos de táxi sozinhos, antes do primeiro emprego. Quem morre sem nunca ter ido a Veneza, sem nunca ter tido um filho, sem nunca ter amado, morre virgem igual, mesmo tendo transado com a cidade inteira. Somos sempre virgens de alguma coisa que ainda não nos aconteceu. 


Martha Medeiros

domingo, 11 de setembro de 2011

Palavras do muso!

Quero domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café e travesseiro. Quero seu beijo. Quero seu cheiro. Quero aquele olhar que não cansa, o desejo que escorre pela boca e o minuto no segundo seguinte: nada é muito quando é demais. 

Caio Fernando Abreu



quarta-feira, 27 de julho de 2011

Sabe o que eu quero dessa vida?

Eu quero conhecer Lisboa, seus bondes, seus becos, suas casas simetricamente iguais.

Quero ler milhares de livros até o fim dos meus dias.

Quero transformar vidas como professora.

Quero sobreviver dignamente como educadora.

Quero dar aos meus pais a mesma estabilidade que eles me deram quando eu criança.

Quero ter uma casa no campo, com um pomar com pés de laranja e tangerina, uma horta, uma varandinha com uma cadeira de balanço para eu me sentar nos finais de tarde e apreciar o fim de um dia lendo um bom livro.

Quero, também, uma casinha na praia, com uma janela com vista para o mar. 

Quero acordar ouvindo o barulho do mar, sentir a brisa fresca no meu rosto, passar as tempestades de verão olhando para o mar revolto e para os trovões e sentir paz.

Quero escrever livros e ser cumprimentada por alguém que os leu, e que diga: "bonito trabalho, suas palavras me servem de apoio, de incentivo..."

Quero curtir finais de tarde com os meus grandes amigos em um bar, bebendo e contando sobre como foi nosso dia, relembrando velhas e boas histórias, e planejando um fim de semana na praia.

Quero ter uma garrafa de uísque e usá-la com consciência nos melhores momentos, aqueles em que minha cabeça está conturbada e só me resta um papel, uma caneta e uma dose.

Quero casar vestida de branco.

Quero que a igreja seja decorada com lírios brancos.

Quero que meu marido seja o meu maior amor, meu amante, meu melhor amigo, meu fiel companheiro.

Quero ter a fórmula de fazer com que meu Benji preto viva comigo até o meu último dia e morra junto comigo.

Quero ter uma coleção de CDs de música instrumental.

Quero ter saúde.

Quero ter coragem, hoje e sempre. 

Quero um dia poder dizer: MISSÃO CUMPRIDA!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

E tem um fragmento de alguma obra do Caio Fernando Abreu em que ele diz: Talvez eu precise de férias, um porre e um novo amor.
E outro ainda: Você começa a precisar de outros lugares. E de outras pessoas. E de bebidas mais fortes.

Em suma, essas duas frases refletem o desejo momentâneo de mudar, de não suportar mais o atual presente e querer, ou melhor, precisar de um tempo para arejar a mente, de se afastar de todos aqueles que estão ao seu redor todo o tempo. O desejo de tomar um belo porre e esquecer tudo e todos!

Eu estava assim nos últimos tempos. Eram poucos os que eu suportava. Na real, nem a mim eu suportava! Tudo parecia tão monótono, os dias eram tão arrastados. Nada acontecia, eram sempre aquelas responsabilidades rotineiras batendo a porta logo que o sol raiava. Nem dormindo eu conseguia ficar tranquila. Foram dias com muitos pesadelos, acredite!

O meu erro foi não ter recorrido a nada nem a ninguém. Deixei as trevas tomarem conta dos meus pensamentos e o mau-humor e a impaciência foram as consequências.

Houve um belo dia de sol, porém, em que tudo mudou: conheci algumas pessoas. Novas caras, novos sorrisos, novas relações. Isso me fez querer mudar a atual situação em que se encontrava minha vida.
Havia um problema maior, porém: já estava tão afundada em tal estado de insatisfação com o mundo que não sabia como me reerguer.

Surgiu uma luz: livros. Ah!, esses meus eternos companheiros sempre me salvam! Caio Fernando foi meu salvador. Ele era tão humano para entender tudo o que se passa dentro de uma pessoa e ao tempo tão divino para conseguir escrever toda essas complexidades do íntimo humano. 

Suas palavras começaram a mudar meus pensamentos, abriram meus olhos. 

O que fiz depois disso?

Comecei a perceber que não precisava de novos lugares ou de outras pessoas. O meu lugar sempre foi aqui, onde estou. Estou no meu lar, no lugar que cresci, imersa no meu passado construindo meu presente. 
As pessoas que estão ao meu lado, hoje, são aquelas que eu escolhi a dedo para caminharem comigo. As que eu não suporto, não confio, não respeito, não se aproximam de mim, estão há quilômetros de distância. Quem eu quero, quem eu preciso, está aqui. Não preciso de outras, muito obrigada!

Parei com essa mania de ver minha forma de viver como precária, "pobre". Se ela me faz tão bem, para quê questionar? Perdi muito tempo com essa de "invejar" a grama verde do vizinho ao invés de regar e cuidar da minha. 

Isso aí, viver é a palavra de ordem. Hoje e sempre! Sinto-me em paz, da forma como sempre quis e busquei. E eu te digo, colega, isso é muito bom! =)

Ah!, e quanto às férias e aos porres, desses eu já me assegurei de que de fato acontecessem, hahaha!


E Caio, seja lá onde você estiver, tenho que dizer: obrigada por me entender, obrigada por entender esse ser tão complexo chamado ser humano.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

É gostoso de ouvir!


Tenho uma história antiga com essa música. Na voz do Dinho Ouro Preto me encanta. E cantada por esse garoto fiquei ainda mais apaixonada por essa letra tão linda!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Eu não abro mão.

Eu abro mão de passar todo domingo com a galera no beira-rio. Deixo de usar minha camiseta furada do Guns N'Roses. Do futebol com churrasco justo na sexta-feira à noite. Abro mão de pescaria, despedida de solteiro, carro novo, acampamento onde Judas perdeu as botas e baile do chope no interior. De você cultivar suas velhas amizades eu não abro mão.

Abro mão de fartura de seios. Não faço questão de salto alto, chapinha no cabelo, unhas do pé bem feitas e maquiagem superprofissional. Eu abro mão de baixo índice de massa corporal. De barriga tanquinho, escassez de estrias, drenagem linfática, duas horas de esteira e coxas clonadas da Claudia Leitte. De você gostar de si mesma em primeiro lugar eu não abro mão.

Eu abro mão de beber café irlandês com chantilly. Deixo de comer salmão grelhado com vinho moscato. Não preciso de desova de peixe, petit gateau, risoto de congrio, canapé de palmito, vitela ao molho madeira, camarão na moranga e parilla uruguaia. Abro mão de restaurante franceses, coquetéis de lançamento e feiras gastronômicas. De ver sua alegria de cozinhas enquanto dou palpites eu não abro mão.

Abro mão do velho sonho de viajar de mochila pelo litoral brasileiro. Descarto aquela pós-graduação na Alemanha. De trabalhar quatorze horas por dia. Eu abro mão de férias no inverno, show do Oasis em Manchester, largar portfólio em São Paulo, da tranquilidade de morar em Gramado ou de um carro só para mim. Da paz que a tua presença me traz eu não abro mão.

Eu abro mão de dormires todo dia de pijama de seda vermelho sangue. Esqueço os filmes pornográficos, transa na escada de incêndio, cinta-liga rendada, abajur aceso e a ideia de entrar para livro dos recordes em qualquer modalidade sexual. Abro mão de strip-tease com trilha francesa. De fantasia de prostituta, enfermeira, diabinha, gueixa ou polícia florestal. De você se sentir minha mulher toda vez que nos amamos eu não abro mão. 

Abro mão de um primeiro beijo. Não me importo em nunca mais ter um primeiro encontro. Nego declarações exageradas de amor, poemas personalizados, chuva de pétalas e cartas escritas a punho. Eu abro mão de olhar 43, caça em baladas, ser acordado por desconhecidas, conquistas impossíveis ou desejar uma por semana. De olhar para você e não sentir uma falta desesperada de tudo isso eu não abro mão.



GABITO NUNES



sexta-feira, 10 de junho de 2011

Pedido de desculpas.

Sinto-me envergonhada por não ter aparecido por aqui há algum tempo. 
Apesar da faculdade estar tranquila, meus dias estão preenchidos por outras ocupações. Estou participando de uma chapa - Estação Universitária, Chapa 3-  que vai concorrer às eleições para o DCE da FURB agora no dia 16 de junho. Sou a Diretora de Imprensa da chapa e estou super empolgada. Entrei na chapa meio por acaso e agora estou engajada para que consigamos a vitória! 
Não sei se você sabe, querido leitor, mas eu adoro uma campanha. Não foi à toa que eu participei do projeto Vereador Mirim e do Grêmio Estudantil da escola. Gosto desse ambiente de disputa e ainda mais de poder vivenciar - se Deus quiser - a emoção da vitória! 
Agora ocupo minhas horas e com isso e com minhas leituras. Estou me sentindo muito bem, aliás. 
Quando eu tiver o resultado das eleições, publicarei aqui! E será um post alegre, pois tenho certeza de que ganharemos essa parada!

Então, até a próxima! =)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O desaparecido.

Tarde fria, e então eu me sinto um daqueles velhos poetas de antigamente que sentiam frio na alma quando a tarde estava fria, e então eu sinto uma saudade muito grande, uma saudade de noivo, e penso em ti devagar, bem devagar, com um bem-querer tão certo e limpo, tão fundo e bom que parece que estou te embalando dentro de mim.

Ah, que vontade de escrever bobagens bem meigas, bobagens para todo mundo me achar ridículo e talvez alguém pensar que na verdade estou aproveitando uma crônica muito antiga num dia sem assunto, uma crônica de rapaz; e, entretanto, eu hoje não me sinto rapaz, apenas um menino, com o amor teimoso de um menino, o amor burro e comprido de um menino lírico. Olho-me no espelho e percebo que estou envelhecendo rápida e definitivamente; com esses cabelos brancos parece que não vou morrer, apenas minha imagem vai-se apagando, vou ficando menos nítido, estou parecendo um desses clichês sempre feitos com fotografias antigas que os jornais publicam de um desaparecido que a família procura em vão.

Sim, eu sou um desaparecido cuja esmaecida, inútil foto se publica num canto de uma página interior de jornal, eu sou o irreconhecível, irrecuperável desaparecido que não aparecerá mais nunca, mas só tu sabes que em alguma distante esquina de uma não lembrada cidade estará de pé um homem perplexo, pensando em ti, pensando teimosamente, docemente em ti, meu amor.

RUBEM BRAGA

quarta-feira, 18 de maio de 2011

domingo, 15 de maio de 2011

O outro lado da palavra.

Sempre considerei a palavra despir como o ato de tirar a roupa. Nessa noite, porém, aprendi a atribuir outro significado a esse vocábulo.
Assistindo à peça "Estrangeiros", no teatro Carlos Gomes, na companhia da minha mãe e dos meus amigos Rúbia e Deh, refleti sobre como o ser humano se esconde atrás de suas "roupas": seu status social, seus papéis na sociedade, sua vaidade.. E questionei-me: será que teremos a coragem, um dia, de nos despirmos, tirarmos nossas armaduras, e mostrarmos quem realmente somos, sem nenhum pudor? Complemente nus, um de frente para o outro, indefesos, agiríamos de que forma? Não teríamos ao nosso alcance nenhum recurso, a não ser a verdade de quem somos, nossa real face. Seria humilhante para a maioria e libertador para aqueles que realmente entendem o significado disso tudo. 
Durante nosso crescimento as pessoas tentam impor as verdades absolutas do mundo, ditam regras de como viver, dizem para cada um o que deve pensar, como deve agir, o tom de voz, o olhar, a expressão corporal. Passamos por um treinamento intensivo de 'como ser um humano'. Tirar as diversas roupas que nos vestiram é complicado para aqueles que se negam a pensar a respeito. 
Preferem continuar seguindo a mesma trilha que um dia um bode abriu caminho. 

Criticam o teatro por dizer que ele não retrata a vida, que ele é pura fantasia. 
Tolos!
A arte imita a vida. E naquele palco, hoje, pude ver o quanto somos manipulados, e, acima de tudo, o quanto somos covardes!



terça-feira, 10 de maio de 2011

Um trecho de Divã.

Sou eu que começo? Não sei bem o que dizer sobre mim. Não me sinto uma mulher como as outras. Por exemplo, odeio falar sobre crianças, empregadas e liquidações. Tenho vontade de cometer haraquiri quando me convidam para um chá de fraldas e me sinto esquisito à beça usando um lencinho amarrado no pescoço. Mas segui todos os mandamentos de uma boa menina: brinquei de boneca, tive medo do escuro e fiquei nervosa com o primeiro beijo. Quem me vê caminhando na rua, de salto alto e delineador, jura que sou tão feminina quanto as outras: ninguém desconfia do meu hermafroditismo cerebral. Adoro massas cinzentas, detesto cor-de-rosa. Penso como um homem, mas sinto como mulher. Não me considero vítima de nada. Sou autoritária, teimosa e um verdadeiro desastre na cozinha. Peça para eu arrumar uma cama e estrague meu dia. Vida doméstica é para gatos.
(Divã, Martha Medeiros, página 9)


Tirando a parte do "sou um desastre na cozinha", eu me considero a personificação viva dessa personagem. Li somente as primeiras páginas desse livro ainda, porém já assisti ao filme e tenho a certeza de que me divertirei ainda mais com a história e as dúvidas e os medos de Mercedes.
Recomendo o filme, recomendo a obra. E recomendo Martha Medeiros!

sábado, 7 de maio de 2011

Não mais lembrança. Agora é a realidade!

Hoje tinha festa na capela São José, que localiza-se no bairro onde moro. Antes de eu mudar de casa, em 2008, devido à tragédia que assolou a cidade de Blumenau, eu frequentava esse lugar, no mínimo, uma vez por semana. Vi essa capela ser construída com muito suor e com o empenho de toda a comunidade. As primeiras missas foram rezadas com um altar engembrado e no chão de terra. Aos poucos, o prédio foi contruído, foram comprados os bancos, um altar, a pia sacramental, e toda a estrutura necessária para que a capela se tornasse um local que pudesse abrigar a todos os irmãos e irmãs da comunidade foi adquirida.

Um terreno baldio tornou-se um local em que as pessoas pudessem se encontrar para rezar. Mais tarde foi contruída a área de festas, com barracas, churrasqueiras e cozinha completa. Assim, festas como a do padroeiro e de São João puderam se tornar tradição.

Minha família e eu sempre fomos muito presentes na Igreja. Meus pais moram há mais de 30 anos no bairro e conhecem todos que aqui moram. São figuras presentes na Igreja, na escola, na Associação de Moradores, enfim, em todos os locais que necessitam da participação de pessoas da comunidade. Com o tempo eu comecei a ajudar também. Com relação à capela, participava do grupo de jovens, em que montávamos peças de teatro, fazíamos parte do coro, das leituras de missa, nos encontrávamos aos sábados para conversar, tomar café. E participava, também, do planejamento e execução das festas. Geralmente ficava responsável, junto com outras pessoas, da barraca da pescaria. Fazíamos peixes, enchíamos uma caixa de água, enfeitávamos o local, arrumávamos os brinquedos, o caixa, as varas... e na hora da festança era só alegria e trabalho.

No dia em que todos esses momentos foram tirados de mim, senti que um vazio se formou em meu interior. Repentinamente, minha rotina foi modificada, fui afastada das pessoas que gostava. Saí do lugar onde me sentia confortável, do local que eu chamava de lar.
Dois anos se passaram, e eu voltei para meu lugar de origem. Estou novamente ao lado das minhas amigas, dos meus tios e primos, das pessoas que conheço desde que eu era beeem pequena. Nunca me senti tão feliz!
Na festa de hoje, que eu comentei no início do post, reencontrei tanta gente. E o melhor: todas sabem que sou, sabem meu nome, conhecem minha família há anos, me viram crescer, contam histórias de quando eu era pequena, sorriem, me abraçam, transmitem um carinho que é único. Não há lugar no mundo que eu sinta mais amada do que aqui no bairro onde moro. Posso viajar o mundo quantas vezes quiser e puder, mas tenho a certeza de que sempre retornarei para cá, para o meu cantinho, para o meu Zendron.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Imagens de um tempo incrível!

Essa semana estou carente, admito! Acho que li demais Caio Fernando Abreu e Martha Medeiros. Além, de ter refletido sobre minha situação atual de vida.

Vejo que muitas de minhas amigas estão namorando, ou pelo menos têm alguém ao lado delas a quem elas podem recorrer em um momento de extrema alegria ou angústia. Claro que tenho muitos amigos, amigos de verdade, que estão ao meu lado 24 horas por dia, 365 dias por ano (ou 366 em ano bissexto). Eles me abraçam, riem de mim ou comigo, oferecem seus ombros, estendem suas mãos, caminham ao meu lado, ouvem meus desabafos, me dão tapas na cara para eu acordar para a realidade... enfim, são anjos da guarda!

Porém, o afeto que eles me oferecem não supre uma certa necessidade que todo ser humano tem: ter alguém que te ame e que sussurre isso em seu ouvido à noite, que te esmague em um abraço, que sonhe contigo, que pense em você em todos os momentos e que viva ao teu lado compartilhando um sentimento único de confiança, companheirismo e amor.

Eu nunca tive isso. Não sei como é ter um cara do teu lado dizendo que gosta de mim, que quer minha companhia sempre.
Tive um namoradinho quando tinha 14, 15 anos, mas nem conta. Foi uma experiência, claro, entretanto éramos amigos, e somente isso. Não nos tratávamos como namorados. Parece estranho, mas é a verdade. Nunca tive um relacionamento sério!

Vivi todos esses anos sustentando ilusões, alimentando esperanças.
Eu dizia (e da boca pra fora ainda digo) que primeiro iria estudar para depois namorar. Penso, porém, como seria bom ter alguém me apoiando nesses momentos, alguém que me dê carinho, me telefone, diga que gosta de mim e se interessa por minha vida.

Dê tempo ao tempo. O ensinamento mais sábio que aprendi com meu pai!

Se alguém, um dia, quem sabe, gostar de mim pelo que sou, viverei ainda mais feliz.
Se isso nunca acontecer, viverei feliz também, com meus livros e gatos, mas com a estranha sensação de que está faltando algo...

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Uma do poetinha...

Encontrei um lindo poema no material de apoio de Teoria Literária que a professora Tuca fez para seus queridos alunos. O poema é obra do nosso poetinha, Vinícius de Moraes, e o título é Minha namorada.



Meu poeta, eu hoje estou contente
Todo o mundo, de repente
Ficou lindo, ficou lindo de morrer

Eu hoje estou me rindo
Nem eu mesma sei de quê
Porque recebi uma cartinhazinha de você:


Se você quer ser minha namorada,
Ah, que linda namorada você poderia ser,
Se quiser ser somente minha
Exatamente essa coisinha
Essa coisa toda minha
Que ninguém mais pode ter,

Você tem que me fazer um juramento

De só ter um pensamento:
Ser só minha até morrer.

E também de não perder esse jeitinho
De falar devagarinho
Essas estórias de você

E de repente me fazer muito carinho
E chorar bem de mansinho
Sem ninguém saber por quê.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

...

Tenho vontade de escrever sobre o que penso a seu respeito, mas, infelizmente, não tenho coragem. Vou continuar falando com as paredes, minhas eternas companheiras de monólogos...

terça-feira, 26 de abril de 2011

Sonetando.

Meu professor de Língua Portuguesa, o querido Víctor, propôs à turma que tentássemos escrever um soneto (dois quartetos, dois tercetos), cujo tema seria gramática. Posteriormente, essa criação literária será publicada em um livro =)
Na minha primeira tentativa, escrevi algo sobre adjetivos e locuções adjetivas, mas admito que não ficou bom. Deti-me a somente citar a gramática e nem me peocupei com o ritmo das palavras. Então, fiz outro. Nesse, eu me libertei de uma situação que vem tomando espaço nos meus pensamentos. O resultado foi que, mesmo com termos que se referem à gramática, consegui com que o soneto emane poesia.

Para ninguém ficar na curiosidade, segue abaixo meu sonetinho..

Um dia, talvez.

Imagens de substantivos abstratos em um sonho surrealista
Tumultuam minha mente em crise
E desperto dessa visão ilusionista
Antes que o sentimento que fantasio se enraíze.

Tento não ser um agente passivo diante de supostos sentimentos
Quando percebo, porém, os fatos reais
Vejo-me diante de olhares indeterminados
E um ato sensato me faz ver que somos dois verbos impessoais.

Em um dia de outono, talvez, nos tornaremos sujeitos compostos
Concordando com um único verbo
E os pronomes de tratamento formais serão deixados no pretérito.

Nosso afeto se tornaria, enfim, um substantivo concreto
De dois sujeitos anônimos, antônimos
Seríamos dois termos companheiros, sinônimos.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Páscoa = Natal

No mês de dezembro do ano passado eu escrevi sobre o real sentido do Natal, questionando o porquê das pessoas se preocuparem mais com os presentes e os arranjos natalinos do que com os verdadeiros problemas que afligem a nossa cidade e a sua população. Segue abaixo o post:


No dia 24 desse mês comemoramos a Páscoa. Para mim, que sou cristã, o significado dessa data, de uma forma objetiva, é a morte e ressurreição de Jesus Cristo. É tempo de refletirmos sobre sobre nossas vidas (não só nessa data, mas principalmente nela) e os caminhos que estamos seguindo; pesarmos nossas atitudes, nossas faltas, e pedirmos perdão a Deus. São dias que vêm para nos ajoelharmos e adorar aquele que morreu na cruz, que se sacrificou por todos nós.
Você, porém, acha que todas as pessoas estão preocupadas com isso, pensam dessa forma? Claro que não, infelizmente. Predomina o consumismo, como sempre. O que mais me preocupa é que as pessoas que se dizem cristãs são as mais consumistas. São caixas e caixas de bombom, ovos de Páscoa, amêndoas e outros tipos de doces; são arrnajos nas portas, nos quintais, dentro de casa; ensina-se às crianças sobre o coelhinho da Páscoa, mas nada é dito sobre as palavras de Jesus.
Daqui a pouco o real sentido da Páscoa será esquecido e somente importará às pessoas procurarem os ovos de chocolate escondidos em algum canto da casa.
É uma lástima. Espero que um dia tudo isso mude, que todos tenham consciência do significado dessa data.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O criador da Emília, sabe?

Comemora-se hoje, no Brasil, o Dia de Monteiro Lobato. Renomado escritor, alcançou enorme reconhecimento na escrita de livros infanto-juvenis. Foi o criador, por exemplo, do Sítio do Pica-pau Amarelo. As personagens Emília, Pedrinho, Narizinho, Dona Bento, Visconde etc., conquistaram as crianças - e ainda continuam! Monteiro Lobato também foi o criador da personagem Jeca Tatu, uma caricatura do povo brasileiro.

Na minha opinião, um dos seus melhores livros é O presidente negro, em que ele "prevê" que a maior potência econômica do mundo teria um presidente negro. Considerando que ele escreveu essa obra no século XIX, parece que ele acertou em cheio.

Recomendo Monteiro Lobato a todos, principalmente às crianças. Nenhuma geração deve ser privada desse mundo mágico de Emília e sua turma.

domingo, 17 de abril de 2011

Não sei o real motivo de me sentir assim, atraída por você. Praticamente só sei seu nome e duas ou três informações sobre sua vida, porém nada relevante. Há algo, entretanto, que faz com que eu me interesse por sua vida. Fico olhando fixamente para você, por alguns instantes, e vejo tanto mistério. Um olhar intrigante, um modo diferente de tratar as pessoas...

Muito se engana quem pensa que com isso eu estou dizendo que estou apaixonada por esse alguém ou que me sinto atraída fisicamente por ele. Não, não. Garanto que é curiosidade mesmo. Vejo algumas ações suas, percebo seu modo de pensar e me identifico um pouco. Talvez possa surgir uma amizade ou nossa "relação" será resumida a isso: uns cumprimentos espontâneos, mas raros e alguns olhares analíticos. Para mim, está tudo perfeito!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

A hora da verdade CHEGOU!

Foi fácil? Nem um pouco.
Minhas mãos tremiam.
Consegui dizer tudo que o queria, tudo o que estava preso em minha garganta?
Com certeza!
Como sempre, fui educada, mantive a calma (externamente falando) e tentei elucidar a situação.
Infelizmente, a outra parte fez com que conversa tomasse outro rumo e falou o que não devia.
Eu poderia escrever durante horas sobre essa situação, mas não quero. Pela primeira vez, vou me recusar a escrever.
Para dizer bem a verdade, quero mais é esquecer. Sim, vou dar um ponto final e parar de sofrer por algo que não vale tanto a pena.

O que realmente importa? Tenho minhas amigas lindas e absolutas (Thata, Gabi e Ju, beijo) que me dão todo o apoio e confio no caminho que estou seguindo.

Tudo certo!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A hora da verdade está chegando.

Eu sei o que está acontecendo, talvez eu só não queira admitir. Tudo mudou, porém, quando alguém jogou isso na minha cara; fez perguntas do porquê dessa expressão de tristeza em meu rosto, dessa voz melancólica, dessa intolerância com tudo e com todos. Por mais que eu diga a mim mesma que não me importo com a situação atual, sei que é mentira. Tento mudar o rumo da prosa quando alguém me pergunta algo relacionado a tudo isso, mas sei, também, que não posso mais guardar toda essa mágoa, toda essa preocupação, e até mesmo raiva, dentro de mim.
Tudo isso está confuso, eu sei. E isso me preocupa, pois não consigo nem escrever sobre isso.
Ao caminhar pela rua hoje de manhã, criei a ilusão de que o sol de outono iria resolver minha dificuldade, aquecendo meu coração e me mostrando que tudo está bem. Ao chegar na sombra, a ilusão acabou e a realidade bateu à porta.
Preciso conversar, preciso falar tudo aquilo que está trancado em minha garganta, pedindo, implorando para vir à tona. De hoje não passa, não pode. Preciso dar um jeito de aquietar minha mente e não deixar os pesadelos tomarem conta do meu sono.
Preciso mesmo é me livrar desses pensamentos, dar forma a eles e, enfim, conseguir escrever algo coerente novamente.

terça-feira, 12 de abril de 2011

...

Passei por momentos em que duvidei da existência de Deus; não conseguia mais acreditar em tudo o que cresci ouvindo dos padres ou dos meus pais, e nem naquilo que eu lia na Bíblia. Aliás, cheguei a considerá-la um livro qualquer.
Pensei que buscando outras "formas de fé", eu encontraria uma paz que eu nem sabia definir. Pobre anjo! Um grande erro.
Conheci outras culturas e suas religiões, como o Hinduísmo e a Comunidade Hare Krishna. Porém, eu as via com curiosidade, não conseguia crer em nada que estava escrito em seus livros sagrados e nem que seus seguidores diziam.
Foi uma experiência que fez com minha fé em Cristo se tornasse infinita. No último domingo, ao entrar na Igreja, me senti em casa. E é assim que quero me sentir. Sentir-me filha de Deus.
A Igreja pode cometer suas faltas, mas o sermão de um padre, as campanhas de fraternidade, as pastorais, e todas as ações em prol do bem do ser humano devem ser valorizados. Ajudar o próximo, amá-lo, cuidar do planeta, praticar o bem, não cair em tentação, não desejar o pecado... A fé cristã pratica isso.
Eu creio na Santíssima Trindade, em um Deus de amor e compaixão, em seu filho Jesus Cristo que morreu por nós e no Espírito Santo.
E tenho pena daqueles que riem de mim por isso. Que Deus os perdoe.
Que Deus nos abençoe.

sábado, 9 de abril de 2011

Um ano!

Parabéns pro Motor, ele está de aniversário...

Isso mesmo! O meu querido blog está comemorando um ano de existência no dia de hoje. Ele surgiu no momento certo, em que eu precisava de uma válvula de escape, de algo que fizesse com que eu esquecesse os problemas ou que eu conseguisse falar sobre eles e refletir. Adoro escrever, desde sempre, então uni o útil ao agradável e encarei essa missão de manter um blog sobre minha vida. E quer saber? Eu não poderia ter feito algo melhor.
Que meu MOTOR TOTAL FLEX dure por mais muuuuitos anos, e que eu possa tê-lo como um auxílio nessa caminhada.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Eis que surge o Twitter na minha vida!

Não sou muito fã dessas novas tecnologias. Sinto-me, às vezes, como se vivesse em uma outra realidade, como se minha mente estivesse aprisionada em uma época muito tradicional da história. Sei usar um computador muito bem, além de outros aparelhos eletrônicos, porém é mais por necessidade do que por gostar realmente. E nessa onda tecnológica entra a Internet e suas mil e uma funções e redes sociais. Orkut, Facebook, Messenger, Badoo etc., etc. e etc. Vocês devem ter sentido falta de um super famoso. Sim, você acertou: o Twitter. E é dele mesmo que eu quero falar. Admito que sempre fico com um pé atrás quando se trata de modismos. E isso abrange livros, roupas, sapatos, lugares... Uso o orkut e o MSN mais por necessidade, então não via nenhuma real utilidade para Twitter. Isso até sermos devidamente apresentados pela Thata (um beijos para ela, MUÁ!) e eu conhecê-lo melhor.

Amo blogs, isso é perceptível. E gosto por ser uma terapia para mim, já que escrever é minha válvula de escape. Gosto de relatar sobre os grandes acontecimentos da minha vida, sobre meus sentimentos e os desabafos. O Twitter, entretando, é um desabafo momentâneo. Vou explicar: sou uma pessoa que fica sozinha o dia todo, então preciso de socializar sobre tudo o que se passa no meu dia a dia. E o site dos passarinhos azuis veio me ajudar nisso. Estou feliciíssima com isso e espero que essa amizade continue assim.

Viva o Twitter! =)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Eternamente, eu amarei vocês.

Quero dizer que vocês me dão força, coragem, me ensinam a ser uma pessoa melhor a cada dia.

Quero dizer ainda que todas são mulheres guerreiras, que não se humilham, que não desistem, que não aceitam a derrota.

E quero lembrar que as amo e que creio que vocês são anjinhos do céu.

Um obrigada é pouco. Um eu te amo não dá conta do recado.
As palavras tornam-se insuficientes. O sentimento, porém, acreditem... é verdadeiro!

Às minhas amigas mais lindas, Gabi, Thais e Ju! <3

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Ele não sai da minha mente...

A poesia é o instrumento mais generoso para eliminar a solidão, a indiferença, o desencanto, o cinismo e a discriminação.
A solidão vale como espaço para refletir em profundidade sobre nosso destino comum e a ausência de solidariedade que deseqüilibra o sistema social, acentua privilégios e exclusões.
Se o poema, muitas vezes, amadurece sem terras, em solidão, sua existência (resistência) se justifica para lembrar que o ser humano mais uma vez não é ilha, mas partilha.

LINDOLF BELL

O primeiro.

Sei que estou devendo um post faz tempo.E falando em tempo, digo que o meu está corrido. Desde o começo do semestre reclamo que tudo está indo devagar quase parando, pois não havia nenhum trabalho, seminário, palestra, prova, ou qualquer coisinha que pudesse tomar um pouco mais de espaço no meu dia, além das horas que passo pesquisando e lendo. Resumindo: eu queria ação! E acho que os professores me ouviram. Finalmente, estamos com um seminário de Língua Portuguesa, em que cada um deve montar uma apresentação e dicutir sobre seu capítulo do livro "Lutar com palavras"; provas de Língua Inglesa; palestras com os suecos; trabalho de Teoria Literária, de Psicologia e Currículo e Didática... enfim, mil e uma coisinhas. Adoro!

Todas as novidades que eu tiver sobre os trabalhos falarei no decorrer da semana.

Beijinho.

OBS.: acessem o safrade1992.blogspot.com Os posts estão ótimos. Vale a pena conferir!

quinta-feira, 31 de março de 2011

Hoje é dia de...

MUDANÇA!

Hoje me mudei para a casa nova. Estou tão feliz, me sinto em paz novamente. Esses últimos dias foram uma bagunça, com caixas e sacolas espalhadas por todos os lados, mas valeu a pena. Quando o caminhão de mudanças chegou e vi aqueles homens carregando todas as nossas coisas, um sorriso brotou no meu rosto.
Estou super animada para arrumar tudo em seu devido lugar e poder receber meus lindos amigos no meu cantinho de paz.

quarta-feira, 30 de março de 2011

terça-feira, 29 de março de 2011

Caixas e mais caixas...

Você realmente só sabe o que tem dentro de casa quando precisa delas para realizar alguma coisa ou quando está se mudando. Meu caso é o segundo. Estou mudando de casa nessa semana (obaaa! :D) e preciso organizar tudo dentro de caixas e sacolas grandes. Tenho a impressão de que quanto mais coisas tiro das gavetas, outras surgem em seus lugares. Porque não é possível alguém conseguir acumular tanta tranqueira dentro do lugar onde mora. Posso garantir que o lixeiro da minha rua está fazendo a festa.
Não posso, porém, reclamar. Eu estou tão feliz com essa oportunidade de voltar a ter a vida que eu levava antes, morando só com os meus pais - e agora com um novo integrante, o Benji! -, podendo ter aquela liberdade de não precisar dar satistafação para ninguém além deles e nem de se preocupar com o "vizinho" de baixo e com os possíveis barracos que ele possa arranjar. Quero ter o prazer de ajudar a carregar os móveis para o caminhão, colocá-los nos seus devidos lugares na casa nova, decorá-la... Quero aproveitar cada momento dessa nova fase e poder ter novas experiências.

Não me importo em ter que dividir o espaço com um amontoado de caixas agora. Eu quero mais é que tudo esteja pronto para eu poder novamente viver!

Aguardem notícias! ;)

quarta-feira, 23 de março de 2011

Algum dia - Capital Inicial

Não sei o motivo certo, mas essa música está na minha mente há algum tempo...





domingo, 20 de março de 2011

Um novo tempo começou.

Chegou o outono, chegaram as boas novas. Sim, tenho ótimas notícias. Quem acompanha minha vida sabe das dificuldades que vinha enfrentando nos últimos meses. Nessa semana que passou, porém, minhas preces foram atendidas. Conseguimos uma casa! =) E quer saber o melhor? No mesmo bairro onde morávamos antigamente. Minha felicidade não pode ser explicada. Estou rindo à toa. É tão bom saber que após todo esse tempo de espera nossa recompensa chegou. Já contei a novidade para alguns amigos que ficaram muito contentes - a Jé e a Gaby principalmente! Estarei, finalmente, perto das pessoas que mais amo, no lugar onde nasci e cresci, numa casa com toda a estrutura que minha família e eu precisamos para nos sentirmos em paz novamente.
Eu só tenho que agradecer a esse bom Deus, que nunca me desamparou e sempre me deu força e coragem para seguir em frente. Obrigada Papai do céu pela sua bondade e por iluminar meu caminho e dos meus pais. Tenho muito que agradecer aos meus amigos também, que rezaram por mim e que sempre estiveram ao meu lado me apoiando nesses tempos difíceis.
No final das contas, toda essa situação que vivi serviu para eu amadurecer. Cresci de uma forma surpreendente e adquiri uma força extraordinária. Minha conceito de família mudou completamente e o sentimento que eu tinha por meus pais e meus amigos só foi fortalecido.
Novamente, obrigada pelos pensamentos positivos!
Até breve!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Viva a minha maridaaaa!

Que dia é hoje? Para a maioria, uma simples quinta-feira. Para mim, o aniversário da minha marida.  A pessoa a quem me refiro por essa expressão é a Jéssica, minha grande amiga e parceira de todas as horas. Conheço a Jé há 13 ou 14 anos, por aí. Sim, desde que éramos beeem pequeninas e brincávamos com a Barbie ainda. Estudamos juntas desde sempre e posso afirmar que foi amor à primeira vista. Construímos um laço de amizade tão forte ao longo do tempo que nada mais nos abala. Passamos por todas as situações possíveis juntas. Rimos, choramos, gritamos, amamos, odiamos... Uma ao lado da outra sempre. O apoio, o respeito e a confiança são os nossos alicerces. A partir dessa base construímos, tijolo por tijolo, uma amizade sólida e eterna.
E hoje é um dia muuuito especial, vocês nem imaginam quanto. Meu anjinho está de aniversário! A Jé completa hoje 19 anos. Está na flor da idade, como diz minha mãe, porém já carrega uma bagagem bem grande nas costas. Muitas histórias, experiências, momentos marcantes, lembranças de tempos passados e sonhos de um tempo futuro.
Dizer que desejo para ela um mundo de felicidade, de paz, de saúde, de prosperidade é repetir o que quero para ela desde o momento em que a conheci. Então, nesse seu aniversário, quero desejar que você continue sendo esse ser maravilhoso que és, que encanta a todos, que ilumina os caminhos por onde passa. Quero que você continue entre nós por muitos e muitos anos e que você sempre tenha um motivo para sorrir.

Sim, eu aceito você, Jéssica, como minha legítima esposa, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte nos separe.

Amo você, meu anjinho da guarda.

FELIZ ANIVERSÁRIO!


quarta-feira, 16 de março de 2011

Palavras de Gracialiano Ramos.

Numa entrevista, em 1948, perguntaram a Graciliano, como se devia escrever:
“Deve-se escrever, da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem o seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota.
Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa.
A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer.”

segunda-feira, 14 de março de 2011

Que dia é hoje?

DIA NACIONAL DA POESIA!

Fiquem com Mário Quintana...

No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento...



sábado, 12 de março de 2011

Querido John.

Conheci o autor Nicholas Sparks através do seu livro Um amor para recordar (A walk to remember). Esse Romeu e Julieta do século XXI me encantou de uma forma que eu jamais inaginaria que fosse possível. Sou apaixonada pela história de Jamie e Landon, que vai além de um simples e meloso romance entre adolescentes-adultos. Entretanto, apesar de gostar muito dessa história, nunca procurei conhecer os demais trabalhos desse autor. Recentemente, porém, assisti ao filme A última música, cujo autor dessa linda história é o sr. Sparks. A partir daí tive um interesse maior por seu trabalho. Pensei: esse escritor merece um crédito após ter escrito essas duas maravilhas. E foi com esse pensamento que interessei-me pelo livro Querido John. Quando o fui procurar na biblioteca da faculdade, vi que havia muitas pessoas na lista de espera para lê-lo e acabei deixando de lado essa vontade. E foi nesse momento, então, que apareceu minha bela Gabi com o livro :) Sim, ela o comprou e leu, a Thais linda também leu e eu fui a próxima.
Levei alguns dias para terminá-lo, mas não foi por falta de interesse, mas sim por falta de tempo mesmo. Ontem, porém, eu acabei! Minha sincera opinião? Adorei. Em certas partes do livro achei-o um pouco previsível demais, mas isso não afetou em nada sua qualidade. Uma história sincera, de um profundo sentimento, de uma emoção indescritível. Não chorei, porém refleti. O que é o verdadeiro amor? Não, ele não é só um mero sentimento. Ele move vidas, ele dá sentido à elas, ele constrói lares, dá esperança, dá força de vontade.

Recomendo Querido John a todos. Até mesmo para aqueles que acham que livros como esse não acrescentam nada em suas vidas. Puro engano.

Quero agora devorar os demais livro de Nicholas Sparks. Sei que encontrarei neles novas reflexões. E quem sabe eu não choro em um deles? haha.

Deixo para vocês um trecho lindo de Querido John.

É por isso que não conto às pessoas sobre nós. Eles não iriam entender, e não sinto a necessidade de explicar, simplesmente porque sei em meu coração como foi real. Quando penso em você, não posso deixar de sorrir, sabendo que você me completa. Eu te amo, não só agora, mas sempre, e sonho com o dia em que você vai me abraçar novamente.

quarta-feira, 9 de março de 2011

E como diz o velho ditado...

DEUS ESCREVE CERTO POR LINHAS TORTAS!

Ele nunca fez tanto sentido para mim como agora.

segunda-feira, 7 de março de 2011

sexta-feira, 4 de março de 2011

Trilhe seu caminho.

Haverá encruzilhadas, placas indicando sentidos opostos, informação erradas e muita dúvida sobre cada passo que você deverá dar. Responda-me, porém: caminhar com as próprias não te satisfará mais, não te dará mais orgulho de si mesmo?
Respeito a individualidade de cada um, mas creio que devemos, aos poucos, conquistar nossa independência, criar nossas oportunidades, voar com as nossas asas. Nossos pais nos deram a base: nos educaram, nos amaram, criaram a base da construção. Agora é a nossa vez! Vamos continuar levantando tijolos, dia após dia. Se você não tem condições financeiras de manter-se sozinho, como eu, procure a sua independência de outras formas, pois não é morando sozinho, necessariamente,  que você desatará os nós que te ligam aos teus pais.
Agir de acordo com teus pensamentos e convicções, impor tuas opiniões, defender-se sozinho nas diversas situações que a vida impõe, ser perseverante e não desistir de seus sonhos, defender, também, suas crenças e princípios. Tais atitudes farão de você uma pessoa mais independente, no sentido de pensar e agir sozinho.
Nossa família ajudou-nos a subirmos alguns degraus, está na hora de soltarmos suas mãos e caminharmos sozinhos em busca de um futuro melhor e de um crescimento e conhecimento que será só nosso!



Pense a respeito! ;)

quarta-feira, 2 de março de 2011

...

Você já pensou em ser grato hoje?

terça-feira, 1 de março de 2011

Happy Birthday, miau!

Lembro tão bem do dia em que você chegou. Era outono. Um daqueles típicos dias de junho de que tanto gosto, com o sol e o vento nas medidas certas. Você tinha 3 meses e era uma bolinha de pelo preto. Seus olhos amarelos e suas grandes presas constrastando com sua fragilidade e receio me assustaram no primeiro instante, porém, quando me dei conta, estava você em cima de mim, ronronando e me lambendo. Nesse momento eu senti que você se tornaria muito especial para mim.
Saiba que foi difícil escolher seu nome. Deixei a cargo da Tia Rúbia e do Tio João. E após alguns minutos de discussão decidimos que você se chamaria Benjamin Ludwig. Para mim, entretanto, seria meu Benji preto.
Por mais que digam - e eu saiba, claro - que você é um somente um gato, um animal tido como irracional, não consigo acreditar que você não entenda nada do que eu falo ou que não compreenda as situações que estão à sua volta. Você sente quando estou triste, pois não sai de cima de mim nem quando eu grito, e dorme aos meus pés tentando consolar meu coração que se encontra machucado naquela ocasião. Sabe também quando tudo não passa de um momento de descontração, porque começa a pular em cima de todos e agarra nossos braços e começa uma guerrinha muito divertida. Você entende quando eu digo para não ir na chuva, quando eu te chamo para tomar leite ou para dormir em cima da "vovó". Você sempre responde ao meu chamado, ao meu psiu no meio da madrugada.
Sim, você é um membro da minha família. E hoje você comemora mais um ano de vida. São dois anos que você me encanta, que você me dá a oportunidade de te amar. Quero que você viva por muitos anos mais e que tenhas muita saúde, sempre raçãozinha em seu pote e leite em sua tigela, uma caminha quente para dormir e uma mão para te fazer carinho. Quero você sempre ao meu lado, meu preto gostoso.
Sim, eu amo você. E pode ter certeza que meu amor por você é maior do que aquele que sinto pela maioria dos seres humanos que conheço.

Feliz aniversário, Benjuquinha!

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Em homenagem a Moacyr Scliar.

Os namorados da filha.

Quando a filha adolescente anunciou que ia dormir com o namorado, o pai não disse nada. Não a recriminou, não lembrou os rígidos padrões morais de sua juventude. Homem avançado, esperava que aquilo acontecesse um dia. Só não esperava que acontecesse tão cedo.
Mas tinha uma exigência, além das clássicas recomendações. A moça podia dormir com o namorado:
-Mas aqui em casa.
Ela, por sua vez, não protestou. Até ficou contente. Aquilo resultava em inesperada comodidade. Vida amorosa em domicílio, o que mais podia desejar? Perfeito.
O namorado não se mostrou menos satisfeito. Entre outras razões, porque passaria a partilhar o abundante café-da-manhã da família. Aliás, seu apetite era espantoso: diante do olhar assombrado e melancólico do dono da casa, devorava toneladas do melhor requeijão, do mais fino presunto, tudo regado a litros de suco de laranja.
Um dia, o namorado sumiu. Brigamos, disse a filha, mas já estou saindo com outro. O pai pediu que ela trouxesse o rapaz. Veio, e era muito parecido com o anterior: magro, cabeludo, com apetite descomunal.
Breve, o homem descobriria que constância não era uma característica fundamental de sua filha. Os namorados começaram a se suceder em ritmo acelerado. Cada manhã de domingo, era uma nova supresa: este é o Rodrigo, este é o James, esté o Tato, este é o Cabeça. Lá pelas tantas, ele desistiu de memorizar nomes ou mesmo fisionomias. Se estava na mesa do café-da-manhã, era namorado. Às vezes, também acontecia - ah, essa próstata, essa próstata - que ele levantava à noite para ir ao banheiro e cruzava com um dos galãs no corredor. Encontro insólito, mas os cumprimentos eram sempre gentis.
Uma noite, acordou, como de costume e, no corredor, deu de cara com um rapaz que o olhou apavorado. Tranquilizou-o:
-Eu sou o pai da Melissa. Não se preocupe, fique à vontade. Faça de conta que a casa é sua.
E foi deitar.
Na manhã seguinte, a filha desceu para tomar café. Sozinha.
- E o rapaz? - perguntou o pai.
- Que rapaz? - disse ela.
Algo lhe ocorreu, e ele, nervoso, pôs-se imediatamente a checar a casa. Faltava o CD player, faltava a máquina fotográfica, faltava a impressora do computador. O namorado não eram namorado. Paixão poderia nutir, mas era pela propriedade alheia.
Um único consolo restou ao perplexo pai: aquele, pelo menos, não fizera estrago no café-da-manhã.

(Revista Zero Hora, 26/04/1998)

E quero estar ao seu lado para todo o sempre.

Um "eu te amo" ou "você é minha melhor amiga" não são suficientes para expressar essa linda relação que temos. Às vezes nem eu a compreendo, pois em certos momentos ela se torna tão profunda que considero-me incapaz de tentar defini-la. 
O que posso dizer? Sim, eu amo você no sentido real e verdadeiro da expressão. Sim, eu confio em você a ponto de entregar-lhe a minha vida. Sim, eu te respeito e te admiro profundamente. E por mais que não pareça algumas vezes, eu compreendo você e compartilho de muitos medos, angústias e pensamentos e sentimentos.
O que quero dizer com tudo isso? Quero estar ao seu lado nessa caminhada até o último dia, porque você me faz feliz, você consegue entender o que se passa dentro de mim, você é verdadeira comigo e, quando me abraça, eu sinto o calor do amor.



quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Soneto do amigo.

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.


É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.


Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.


O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...


Vinicius de Moraes

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Com vocês, Drummond.

Gosto de compartilhar poemas, crônicas, contos etc. Todas as formas de expressão devem ser valorizadas e conhecidas por todos.
Hoje, mostrarei um poema de Carlos Drummond de Andrade, cujo título é Balada do amor através das idades.

Eu te gosto, você me gosta
desde tempos imemoriais.
Eu era grego, você troiana,
troiana mas não Helena.
Saí do cavalo de pau
para matar seu irmão.
Matei, brigamos, morremos.

Virei soldado romano,
perseguidor de cristãos.
Na porta da catacumba
encontrei-te novamente.
Mas quando vi você nua
caída na areia do circo
e o leão que vinha vindo,
dei um pulo desesperado
e o leão comeu nós dois.

Depois fui pirata mouro,
flagelo da Tripolitânia.
Toquei fogo na fragata
onde você se escondia
da fúria do meu bergantim.

Mas quando ia te pegar
e te fazer minha escrava,
você fez o sinal-da-cruz
e rasgou o peito a punhal...
Me suicidei também.

Depois (tempos mais amenos)
fui cortesão de Versailles,
espirituoso e devasso.
Você cismou de ser freira...
Pulei muro de convento
mas complicações políticas
nos levaram à guilhotina.

Hoje sou moço moderno,
remo, pulo, danço, boxo,
tenho dinheiro no banco.
Você é uma loura notável,
boxa, dança, pula, rema.
Seu pai é que não faz gosto.
Mas depois de mil peripécias,
eu, herói da Paramount,
te abraço, beijo, casamos.


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Mário Quintana.

Amar: fechei os olhos para não te ver e a minha boca para não dizer... E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei, e da minha boca fechada nasceram sussurros e palavras mudas que te dediquei... O amor é quando a gente mora um no outro.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

E então, como foi?

Ótimo!
Meu primeiro dia de aula no terceiro semestre de Letras, na FURB, foi ótimo!
Algumas coisinhas ruins aconteceram, mas o que importa é que revi meus amigos lindos, que amo, amo e amo; tive minha primeira aula de Literatura (já não aguentava mais esperar) e, novamente, voltei ao ambiente que tanto amo: a escola - no caso, a universidade, mas nem faço distinção.

Estou super empolgada, pois agora tenho como ocupar minha mente e não pensar nenhuma besteira. Não pensarei em possíveis problemas, e nem falarei nos reais problemas (se é que eles realmente existem). Se, por ventura, algum aparecer por aí, será resolvido e não discutido.

Vou agora iniciar minhas pesquisas, voltar a escrever com mais entusiasmo e aproveitar cada segundo das aulas e das oportunidades que eu tiver na faculdade.

PS.: Como foi booom abraçar vocês, meus amigos lindos: Thais, Ju e Abner. Gabi, você fez falta. Estou com saudades. Amo todos!



A foto é do ano passado, mas tá valendo!


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Inicia-se uma nova etapa.

Que dia é hoje? Primeiro dia de aula. Mas não é um primeiro dia qualquer. É o primeiro no terceiro semestre do curso de Letras :D
Estou tão empolgada! Até parece ser a primeira vez que eu pisei na universidade. Quero tanto ver meus amigos, abraçá-los beeem forte e dizer que senti saudade. Quero conhecer meus novos professores, as novas disciplinas, os novos colegas de turma, a nova sala etc, etc e etc.
Será uma ótima noite, tenho certeza.
Amanhã eu escrevo sobre como foi.
Até!