Eu sei o que está acontecendo, talvez eu só não queira admitir. Tudo mudou, porém, quando alguém jogou isso na minha cara; fez perguntas do porquê dessa expressão de tristeza em meu rosto, dessa voz melancólica, dessa intolerância com tudo e com todos. Por mais que eu diga a mim mesma que não me importo com a situação atual, sei que é mentira. Tento mudar o rumo da prosa quando alguém me pergunta algo relacionado a tudo isso, mas sei, também, que não posso mais guardar toda essa mágoa, toda essa preocupação, e até mesmo raiva, dentro de mim.
Tudo isso está confuso, eu sei. E isso me preocupa, pois não consigo nem escrever sobre isso.
Ao caminhar pela rua hoje de manhã, criei a ilusão de que o sol de outono iria resolver minha dificuldade, aquecendo meu coração e me mostrando que tudo está bem. Ao chegar na sombra, a ilusão acabou e a realidade bateu à porta.
Preciso conversar, preciso falar tudo aquilo que está trancado em minha garganta, pedindo, implorando para vir à tona. De hoje não passa, não pode. Preciso dar um jeito de aquietar minha mente e não deixar os pesadelos tomarem conta do meu sono.
Preciso mesmo é me livrar desses pensamentos, dar forma a eles e, enfim, conseguir escrever algo coerente novamente.
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