terça-feira, 13 de setembro de 2011

Um trecho de Divã...


Somos todos virgens, Lopes. Virgens antes do primeiro beijo, antes do primeiro dia em que andamos de táxi sozinhos, antes do primeiro emprego. Quem morre sem nunca ter ido a Veneza, sem nunca ter tido um filho, sem nunca ter amado, morre virgem igual, mesmo tendo transado com a cidade inteira. Somos sempre virgens de alguma coisa que ainda não nos aconteceu. 


Martha Medeiros

domingo, 11 de setembro de 2011

Palavras do muso!

Quero domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café e travesseiro. Quero seu beijo. Quero seu cheiro. Quero aquele olhar que não cansa, o desejo que escorre pela boca e o minuto no segundo seguinte: nada é muito quando é demais. 

Caio Fernando Abreu



quarta-feira, 27 de julho de 2011

Sabe o que eu quero dessa vida?

Eu quero conhecer Lisboa, seus bondes, seus becos, suas casas simetricamente iguais.

Quero ler milhares de livros até o fim dos meus dias.

Quero transformar vidas como professora.

Quero sobreviver dignamente como educadora.

Quero dar aos meus pais a mesma estabilidade que eles me deram quando eu criança.

Quero ter uma casa no campo, com um pomar com pés de laranja e tangerina, uma horta, uma varandinha com uma cadeira de balanço para eu me sentar nos finais de tarde e apreciar o fim de um dia lendo um bom livro.

Quero, também, uma casinha na praia, com uma janela com vista para o mar. 

Quero acordar ouvindo o barulho do mar, sentir a brisa fresca no meu rosto, passar as tempestades de verão olhando para o mar revolto e para os trovões e sentir paz.

Quero escrever livros e ser cumprimentada por alguém que os leu, e que diga: "bonito trabalho, suas palavras me servem de apoio, de incentivo..."

Quero curtir finais de tarde com os meus grandes amigos em um bar, bebendo e contando sobre como foi nosso dia, relembrando velhas e boas histórias, e planejando um fim de semana na praia.

Quero ter uma garrafa de uísque e usá-la com consciência nos melhores momentos, aqueles em que minha cabeça está conturbada e só me resta um papel, uma caneta e uma dose.

Quero casar vestida de branco.

Quero que a igreja seja decorada com lírios brancos.

Quero que meu marido seja o meu maior amor, meu amante, meu melhor amigo, meu fiel companheiro.

Quero ter a fórmula de fazer com que meu Benji preto viva comigo até o meu último dia e morra junto comigo.

Quero ter uma coleção de CDs de música instrumental.

Quero ter saúde.

Quero ter coragem, hoje e sempre. 

Quero um dia poder dizer: MISSÃO CUMPRIDA!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

E tem um fragmento de alguma obra do Caio Fernando Abreu em que ele diz: Talvez eu precise de férias, um porre e um novo amor.
E outro ainda: Você começa a precisar de outros lugares. E de outras pessoas. E de bebidas mais fortes.

Em suma, essas duas frases refletem o desejo momentâneo de mudar, de não suportar mais o atual presente e querer, ou melhor, precisar de um tempo para arejar a mente, de se afastar de todos aqueles que estão ao seu redor todo o tempo. O desejo de tomar um belo porre e esquecer tudo e todos!

Eu estava assim nos últimos tempos. Eram poucos os que eu suportava. Na real, nem a mim eu suportava! Tudo parecia tão monótono, os dias eram tão arrastados. Nada acontecia, eram sempre aquelas responsabilidades rotineiras batendo a porta logo que o sol raiava. Nem dormindo eu conseguia ficar tranquila. Foram dias com muitos pesadelos, acredite!

O meu erro foi não ter recorrido a nada nem a ninguém. Deixei as trevas tomarem conta dos meus pensamentos e o mau-humor e a impaciência foram as consequências.

Houve um belo dia de sol, porém, em que tudo mudou: conheci algumas pessoas. Novas caras, novos sorrisos, novas relações. Isso me fez querer mudar a atual situação em que se encontrava minha vida.
Havia um problema maior, porém: já estava tão afundada em tal estado de insatisfação com o mundo que não sabia como me reerguer.

Surgiu uma luz: livros. Ah!, esses meus eternos companheiros sempre me salvam! Caio Fernando foi meu salvador. Ele era tão humano para entender tudo o que se passa dentro de uma pessoa e ao tempo tão divino para conseguir escrever toda essas complexidades do íntimo humano. 

Suas palavras começaram a mudar meus pensamentos, abriram meus olhos. 

O que fiz depois disso?

Comecei a perceber que não precisava de novos lugares ou de outras pessoas. O meu lugar sempre foi aqui, onde estou. Estou no meu lar, no lugar que cresci, imersa no meu passado construindo meu presente. 
As pessoas que estão ao meu lado, hoje, são aquelas que eu escolhi a dedo para caminharem comigo. As que eu não suporto, não confio, não respeito, não se aproximam de mim, estão há quilômetros de distância. Quem eu quero, quem eu preciso, está aqui. Não preciso de outras, muito obrigada!

Parei com essa mania de ver minha forma de viver como precária, "pobre". Se ela me faz tão bem, para quê questionar? Perdi muito tempo com essa de "invejar" a grama verde do vizinho ao invés de regar e cuidar da minha. 

Isso aí, viver é a palavra de ordem. Hoje e sempre! Sinto-me em paz, da forma como sempre quis e busquei. E eu te digo, colega, isso é muito bom! =)

Ah!, e quanto às férias e aos porres, desses eu já me assegurei de que de fato acontecessem, hahaha!


E Caio, seja lá onde você estiver, tenho que dizer: obrigada por me entender, obrigada por entender esse ser tão complexo chamado ser humano.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

É gostoso de ouvir!


Tenho uma história antiga com essa música. Na voz do Dinho Ouro Preto me encanta. E cantada por esse garoto fiquei ainda mais apaixonada por essa letra tão linda!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Eu não abro mão.

Eu abro mão de passar todo domingo com a galera no beira-rio. Deixo de usar minha camiseta furada do Guns N'Roses. Do futebol com churrasco justo na sexta-feira à noite. Abro mão de pescaria, despedida de solteiro, carro novo, acampamento onde Judas perdeu as botas e baile do chope no interior. De você cultivar suas velhas amizades eu não abro mão.

Abro mão de fartura de seios. Não faço questão de salto alto, chapinha no cabelo, unhas do pé bem feitas e maquiagem superprofissional. Eu abro mão de baixo índice de massa corporal. De barriga tanquinho, escassez de estrias, drenagem linfática, duas horas de esteira e coxas clonadas da Claudia Leitte. De você gostar de si mesma em primeiro lugar eu não abro mão.

Eu abro mão de beber café irlandês com chantilly. Deixo de comer salmão grelhado com vinho moscato. Não preciso de desova de peixe, petit gateau, risoto de congrio, canapé de palmito, vitela ao molho madeira, camarão na moranga e parilla uruguaia. Abro mão de restaurante franceses, coquetéis de lançamento e feiras gastronômicas. De ver sua alegria de cozinhas enquanto dou palpites eu não abro mão.

Abro mão do velho sonho de viajar de mochila pelo litoral brasileiro. Descarto aquela pós-graduação na Alemanha. De trabalhar quatorze horas por dia. Eu abro mão de férias no inverno, show do Oasis em Manchester, largar portfólio em São Paulo, da tranquilidade de morar em Gramado ou de um carro só para mim. Da paz que a tua presença me traz eu não abro mão.

Eu abro mão de dormires todo dia de pijama de seda vermelho sangue. Esqueço os filmes pornográficos, transa na escada de incêndio, cinta-liga rendada, abajur aceso e a ideia de entrar para livro dos recordes em qualquer modalidade sexual. Abro mão de strip-tease com trilha francesa. De fantasia de prostituta, enfermeira, diabinha, gueixa ou polícia florestal. De você se sentir minha mulher toda vez que nos amamos eu não abro mão. 

Abro mão de um primeiro beijo. Não me importo em nunca mais ter um primeiro encontro. Nego declarações exageradas de amor, poemas personalizados, chuva de pétalas e cartas escritas a punho. Eu abro mão de olhar 43, caça em baladas, ser acordado por desconhecidas, conquistas impossíveis ou desejar uma por semana. De olhar para você e não sentir uma falta desesperada de tudo isso eu não abro mão.



GABITO NUNES



sexta-feira, 10 de junho de 2011

Pedido de desculpas.

Sinto-me envergonhada por não ter aparecido por aqui há algum tempo. 
Apesar da faculdade estar tranquila, meus dias estão preenchidos por outras ocupações. Estou participando de uma chapa - Estação Universitária, Chapa 3-  que vai concorrer às eleições para o DCE da FURB agora no dia 16 de junho. Sou a Diretora de Imprensa da chapa e estou super empolgada. Entrei na chapa meio por acaso e agora estou engajada para que consigamos a vitória! 
Não sei se você sabe, querido leitor, mas eu adoro uma campanha. Não foi à toa que eu participei do projeto Vereador Mirim e do Grêmio Estudantil da escola. Gosto desse ambiente de disputa e ainda mais de poder vivenciar - se Deus quiser - a emoção da vitória! 
Agora ocupo minhas horas e com isso e com minhas leituras. Estou me sentindo muito bem, aliás. 
Quando eu tiver o resultado das eleições, publicarei aqui! E será um post alegre, pois tenho certeza de que ganharemos essa parada!

Então, até a próxima! =)